quarta-feira, 18 de julho de 2012

DENNIS' DAY > Quando erramos uma análise.







                                               Quando erramos uma análise.




Há três anos estreava a primeira parceria da Record e da Televisa, foi a trama Bela, a feia. Escrita por Gisele Joras e dirigida por Edson Spinello, a novela era uma adaptação da mexicana A feia mais bela, que por sinal era adaptação da colombiana de sucesso mundial Betty, a feia, entretanto, bebia de fontes bem mais ousadas como a adaptação americana Ugly Betty.
A autora lançou mão dos mais diversos artifícios para fazer uma trama brasileira e não uma adaptação meia boca, como o SBT costumava fazer. Muitas tramas foram acrescentadas, excluídas e adaptadas, o que se manteve foi apenas o mote central da feia que ficava bonita. Para isso, Joras criou alguns personagens inéditos, como a vilã Verônica, sobre a qual trataremos nesse post. Personagem inédita e surreal, Verônica era junto com Cíntia,
interpretada pela sempre ótima Carla Regina, responsável pelas maldades femininas no folhetim. A personagem foi vista de forma extremamente equivocada pela imprensa, isso ocorreu porque sua intérprete, Simone Spoladore, optou por um exagero em sua interpretação. Simone estava sem fazer uma novela inteira desde América, em 2005. E parecia, para muitos, ter perdido a mão na interpretação. Foi eleita a pior atriz do ano por diversos
sites e blogs. Mas porque uma atriz como Simone, que sempre arrancou elogios da crítica mais rebuscada, que faz muito cinema, que trabalhou com Luiz Fernando Carvalho estaria tendo uma interpretação tão equivocada? Além disso, será que Spinello, um diretor tão competente, não a alertaria sobre o fato? O que nem a crítica nem eu sabíamos era que Simone só fazia o que achava certo, o que acreditava. Isso foi percebido por poucos ou talvez por quase ninguém, uma atriz tão competente e dedicada fez o que Verônica pedia. Spoladore afirmou em entrevistas posteriores ao fim da trama que sua personagem era quase dos quadrinhos, tamanha sua caricatura. Com isso tive certeza que Simone não havia optado pelo caminho errado, mas mesmo
assim tive uma comprovação. No fim da trama, sua personagem teve um fim extremamente caricato, autenticando a interpretação da atriz. Verônica se tornou apresentadora infantil no Paraguai com o nome de Carmela, e agia de forma similar a lenda criada das apresentadoras infantis brasileiras dos anos 80, tratando bem as crianças na frente mas por trás, maltratando-as. Como cereja do bolo, Gisele Joras apresentou Cintia se tornando empresária de Verônica e – para alguns- um princípio de relação lésbica, o que para muitos foi uma referência a uma famosa apresentadora infantil e sua empresária.
Depois desse trabalho, Simone fez Vidas em Jogo(sendo extremamente  elogiada) também na Record e fará Passado Próximo repetindo a parceria com Spinello e Gisele Joras. Seguem dois vídeos, um com Verônica como Carmela e outro em uma cena da trama.





4 comentários:

  1. Bela a Feia foi outra novela (como Máscaras) crucificada pelos críticos no início depois aplaudida no final. Assisti desde o primeiro capítulo e não me arrependi.

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  2. Eu adorei Bela a feia, assisti toda a novela e foi muito emocionante ver a personagem desprezada no começo e desejada no final.

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  3. Não gostei do último capítulo pelo fato de não ter acontecido nada com a personagem vilâ Verônica (Simone Spoladore), e também porque Márcia, a policial teve um pressentimento que não foi realizado no fim da novela...

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